Especialista em energia também alerta para necessidade de investimento na rede de distribuição do setor. Tema será discutido durante evento no Rio de Janeiro Custos mais baixos e mais competitivos para o mercado são fatores decisivos para que o Brasil permaneça com o contrato de importação do gás proveniente da Bolívia. A afirmação acima é do conselheiro do IBDE e membro efetivo da Comissão de Direito de Energia da OAB-SP, Cid Tomanik Pompeu Filho, que salienta que o relacionamento entre os países deve perdurar por pelo menos 20 anos. “Muito do gás produzido no Brasil vai ser usado para a geração em termelétricas e o restante será utilizado para a extração de petróleo. Essa relação se manterá por muito tempo”, aponta o especialista. Para ele, a importação tende a trazer bons frutos para o mercado nacional. “O gás boliviano tem preços mais baixos que o brasileiro. Importar é muito válido enquanto os valores forem mais competitivos. Se esse novo contrato for mantido entre os dois países e o Brasil souber negociar um preço bom, seria uma boa perspectiva ter gás mais barato para o mercado interno”, destaca. O contrato Brasil-Bolívia integra a grade de temas que serão abordados no Gas Summit Latin America 2014, evento que discute a indústria do gás entre os dias 13 e 15 de maio de 2014, no Hotel Windsor, no Rio de Janeiro. Transporte – Item essencial, para Cid Tomanik Pompeu Filho, se o transporte continuar precário, sem infraestrutura adequada, com poucos investimentos e sem redes suficientes para atender à demanda do mercado, ele pode encarecer o preço do gás no Brasil. Além disso, o baixo investimento da indústria boliviana nas próprias reservas e os fatores limitantes para que continuem a suprir o consumo brasileiro corroboram para o alerta do especialista. “É preocupante. Como ainda dependemos muito do gás boliviano, se o país não investir em infraestrutura, corremos o risco de ficar por alguns períodos sem gás”, constata Cid Tomanik. Sobre o GAS SUMMIT LATIN AMERICA 2014 Sobre o Informa Group |
Fonte: GASNET